sexta-feira, 5 de abril de 2013

Fanfic Cap. VIII


Eric beijava-me o pescoço e eu estava imóvel… Não sabia o que dizer, não sabia o que fazer, estava realmente tensa… Pensei numa maneira de o parar, nem que fosse por apenas uns segundos.
- E-Eric… -Sussurrei. –Espera…
Ele parou e olhou-me nos olhos. O sorriso dele tornou-se neutro, não percebi bem se ele se apercebeu de que eu estava com medo ou se pensou que eu não queria o mesmo que ele…
- Que se passa? Queres que pare? –Disse afastando-se.
- Desculpa, eu… não sei… desculpa…
- Percebi, então sou eu quem deve pedir desculpa, vou tentar controlar-me. Sinto muito. – Levantou-se e caminhou em direcção à porta.
- Não! Eu… eu gosto de ti…
- Não o suficiente, entendi.
- Não, não, não! Eu amo-te! – Corri e abracei-o para não deixar que ele saísse - Mas não é muito precipitado? Nem sei como é a tua família, nem em que trabalhas… Tens animais de estimação?
Ele sorriu e eu senti-me uma completa idiota! Animais de estimação?! A sério?!
- Tenho 7 irmãos, trabalho em… bom, sei que não reparas-te, nem mesmo estando no país onde faço mais sucesso mas… sou cantor…
- O quê?! – Olhei para ele, imóvel, ele estava a sorrir de uma maneira tão doce…
- Ah e eu não tenho animais de estimação, pois não tenho muito tempo livre para eles, mas gosto deles, claro.
- Mas…
- Ainda não acabei! – interrompeu – Pode parecer-te estranho mas eu gosto realmente muito de ti… Não é simples atracção, não foi simples loucura, ou brincadeira… Eu gosto muito de ti, acho que até te consegui provar isso quando abriste a porta e me viste ali á pouco… – Fez uma pausa enquanto me acariciava a nuca. - Não precisas de ter medo de mim, não sou desses que abandona, mesmo que quisesse não conseguiria, reparas-te que se passaram meses e eu não te esqueci, assim como eu não suportei estar longe…
As lágrimas começaram a escorrer-me dos olhos, ele sente-se assim em relação a mim e eu acabei de lhe dar uma tampa daquelas! Que vontade de me esconder… 
Levantei a cabeça, pus-me em “bico dos pés” e beijei-o. Era a única coisa que eu sabia que iria reconforta-lo. Naquele momento eu não tinha palavras certas… não conseguia fazer um discurso amoroso, não tinha muita experiência com esse tipo de coisa. Depois do beijo ele olhou para mim e sorriu. Como era doce aquele sorriso…
Amanheceu. Lentamente abri os meus olhos e apercebi-me de que não era sonho, apenas uma feliz realidade onde a minha cabeça estava encostada ao peito de um sueco que me fazia sentir fora do normal… Ouvia o ritmo do seu coração, um ritmo que me fazia ficar tranquila por bater… 
Tentei levantar-me sem o acordar. Observei-o de longe e reparava como ele dormia calmo e feliz com uma respiração profunda…
- Vai tomar um banho e prepara-te antes que ele acorde! Ele está cá em casa, tu é que tens de tratar de um pequeno almoço para ele, coragem! – Pensei, aconselhando a mim mesma.
Enquanto fazia umas torradas, a torradeira caiu fazendo um enorme barulho de metal a cair em chão de azulejo. Com medo de que acordasse o Eric, fiquei a olhar por uns segundos para a porta da cozinha. Tudo silencioso, sem sinal de alma acordada sem contar comigo…
Estava a preparar um sumo de laranja natural quando me virei e o vi sem camisa encostado à porta a olhar para mim. O susto foi tanto que dei dois passos para trás e a toalha caiu-me da cabeça. 
- Bom dia! – Disse Eric entre risos. – Espero que tenhas dormido bem…
- Bom dia. Sim, estou a preparar o pequeno almoço, senta-te.
Enquanto comíamos ficou um ambiente tenso entre trocas de olhares. Queria beija-lo mas… não quero ser atirada, nem sem vergonha…
- Então e quando chegam os teus pais? – Perguntou Eric após limpar a boca com um guardanapo.
- Oh! Esqueci-me deles!
Levantei-me apressadamente e comecei a arrumar a cozinha.
- Hahaha! Significa que já estavas a pensar em vivermos juntos e sozinhos… – Brincou ele enquanto me ajudava a limpar as coisas do pequeno almoço.
Não respondi. O meu coração estava acelerado e eu nem sabia o que fazer. Não posso dizer aos meus pais que estive com um estranho durante as férias, isso iria contra tudo o que eles me ensinaram sobre “não falar com estranhos”…
- Juliet…? Queres que eu saia da tua casa? – Disse enquanto me abraçava pelas costas.
- Sim… Espera, vamos os dois, tu não conheces bem isto aqui, tenho de ir contigo! Deixo um bilhete à minha mãe a dizer que saí com as minhas amigas… Oh... Eu realmente tinha de sair com elas hoje de tarde…
- Vai lá, não te vou roubar delas, não é?
- Não? -Olhei para ele com um ar serio. – Hum…
- É claro que quero, mas… A escolha é tua…
Por uns segundos olhámos um para o outro á espera que um dos dois afirmasse os sentimentos… Eu estava a morrer por dentro, com tanta força que o meu coração batia, eu estava com um calor dentro do peito que me provocava dificuldade a respirar.
- Bom, vou ligar para elas, desmarcar o shopping e pensar em locais para passear contigo.
Ele sorriu e sentou-se num banco. Eu peguei no telemóvel e liguei para a Jéssica.
Depois de falar com as meninas, visitámos vários sítios comunitários que ele ainda não tinha conhecido. O almoço foi interessante, no McDonald's com o Eric a comer um hamburguer maior que a boca dele.
Mais tarde separei-me dele, pois os meus pais estranhariam se eu estivesse desaparecida por tanto tempo. 
Com um sorriso nos lábios entrei em casa. A minha mãe estava a fazer o jantar, o meu pai ainda não havia chegado do trabalho, tudo estava calmo… Resolvi ir para o meu quarto, deitar-me na cama e ler um livro, porém, entro no quarto e uma carta junto de uma rosa vermelha me esperava. 

MENINAS DA GUARDA, AGORA SOIS VÓS! :D

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